quarta-feira, 25 de abril de 2012

me, myself and i

Desde pequena, eu sempre vaguei por vários universos bem diferentes. Na escola, era amiga dos inteligentões, dos excluídos, dos pobres, dos ricos, do fundão, dos professores e das faxineiras. Fora isso, tinha a minha famíla, e, com o passar do tempo, todas as turmas que foram cruzando o meu caminho, como a do quarteirão, a do reforço(hihi), a do inglês, as virtuais, as agregadas, as certas e as tortas, as velhas e as novas.


E em cada um desses universos eu criava uma nova Gabriéla, que se encaixasse. Essa sempre foi a melhor parte, em cada novo universo, você pode assumir um novo você, com elementos do que tá à sua volta e elementos teus.


Isso é MÁGICO.


É nessa que você se constrói, é de cada pedaço que você pega pelo caminho e vai colocando dentro de você que você é feito. Eu sempre digo pros cariocas que aqui em São Paulo eles é que devem dar um beijinho só, se eu for pro Rio, eu dou dois. Eu ensino os mineiros a dizer mano e aprendo com os gaúchos o que é chinfra.


Mas uma vez me disseram que “mudar” de acordo com o ambiente e as pessoas que me cercam é errado e mostra que você não sabe quem é, ou que tá mentindo pra um dos lados.


Só que se você sair só andando na água, você se afoga. E se sair nadando na terra vão te dar choque no CÉLEBRO. Não dá pra virar um saco de atitudes predefinidas, isso não é viver, isso é encenar a própria existência.


Vou te falar o que é errado: atacar uma pessoa por ser várias ou não amar todas as pessoas que essa pessoa possa ser. Porque o sorriso dela é o mesmo em todo lugar, o olhar também, o cheiro também. E o que ela sente por você, também! Isso também vale pro que ela NÃO sentir.


Quando o outro é 10 e a gente é 10, a gente acaba sendo 20. Na minha cabeça, não faz sentido querer diminuir o resultado dessa soma.






Substanti(vo)látil. :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário