quinta-feira, 26 de maio de 2011
Quatro foles.
Tô morando, trabalhando, estudando e amando. Esses são os quatro foles da minha vida, no momento, e sobre cada um deles eu teria milhares de páginas a preencher. Sei lá, menina, tá tudo tão legal, e um legal tão batalhado, um legal merecido, de costas e pernas doendo, mas coração tranqüilo. E Deus continua sussurrando: "Não desista, o melhor ainda está por Vir." Que assim.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Literatura popular.
Confesso que não sou muito chegada a contos populares, lendas e os cambal. Nada contra. Só que essas histórias de "bola de fogo que correu atrás de fulano", "bixo que apareceu voando pra cicrano" e "ex-loura do tchan que virou crente, se arrependeu e agora quer dançar com crianças" não colam muito comigo.
Quer dizer, não colaVAM, porque depois de relatar essa história que eu ouvi do cara que tá trabalhando na reforma do prédio, não só eu como qualquer outra pessoa que seja normal vai passar a admirar essa beleza de expressão popular. A história é a seguinte:
"Seu Fulano era casado e vivia muito bem com dona Fulana. Nada de mais, afinal de contas trata-se de um 'Seu' e uma 'Dona' e, a não ser que eles fossem parentes da Susana Vieira, isso é sinônimo de serenidade e monotonia.
Entretanto, seu fulano um dia conheceu uma mulher no local onde ele trabalhava. [o cara não me disse q local era esse, mas tô quase pra ir lá perguntar. eu chuto quitanda...] Disq a mulher era bonita e seu fulano tentou "ganhar a moça". Só que nada. A mulher era difícil e, ao mesmo tempo que dava esperança pra seu fulano, nunca deixou que ele tocasse em um fio de cabelo. Seu fulano, foi, a cada dia, se encantando mais pela tal moça."
A essa hora eu já tinha certeza que essa tal "moça" era um travesti, um dos maiores perigos dos tempos modernos. Por que, né?! Ronaldo que o diga. Só que calma. Disse isso pra ver se acertava, mas o mano mandou eu me "assossegar" que eu ia ouvir o fim da história.
"Sim. Ele tava lá se apaixonando e tal. Até que um dia a tal mulher disse que o que ele queria fazer nunca aconteceria enquanto ele ainda fosse casado."
Ó, por isso é que eu acho que era uma quitanda. Que diabo de local de trabalho é esse que a mulher conversa tanto e com tal frequência? Só pode ser uma quintanda! Os momentos que antecedem o troco são muito propícios.
"Seu Fulano [que provavelmente já num tava muito bem com dona Fulana] decidiu que já era hora de acabar com aquilo. E terminou."
Mano, essa Dona Fulana devia ser uma velha feia e chata do cacete, viu?! Sim, pq uma coisa é terminar um casamento por uma nova mulher. Outra, e totalmente diferente, é terminar um casamento por causa da POSSIBILIDADE de uma nova mulher.
Bom, a partir de agora não vou mais interferir nessa maravilha de narrativa contada pelo mano que concerta o prédio pq as reviravoltas da trama precisam de atenção.
"Seu Fulano, já separado, tava doido pra contar a novidade pra tal mulher. Só que ele não esperava o que estava por vir. Seu fulano descobriu que a mulher era sapatão. Isso mesmo, sapatão! Já não bastasse o fato de a mulher gostar da mesma fruta que seu Fulano, o pobre quitandeiro descobre que a ex-mulher tava de caso com a tal sapata!
O cara ficou puto e matou as duas!"
Fim.
Pera! Lógico que eu perguntei o que aconteceu depois. O mano que trabalha na reforma, meio q já se levantando pra ir levar o balde d'água que tava enchendo enquanto contava tudo disse que o caboco virou veado.
"HAHAHHAHAHAHAHAHAH! Lógico que é mentira isso dai" - eu disse. E foi depois disso que ouvi uma frase que com certeza se eternizará na Literatura Oral Rio Pretense:
"Não acredita? Pode perguntar no interior! Todo mundo conhece a história do veado que perdeu a mulher pra sapatão que ele tava tentando comer!"
Agora sim, FIM!
Quer dizer, não colaVAM, porque depois de relatar essa história que eu ouvi do cara que tá trabalhando na reforma do prédio, não só eu como qualquer outra pessoa que seja normal vai passar a admirar essa beleza de expressão popular. A história é a seguinte:
"Seu Fulano era casado e vivia muito bem com dona Fulana. Nada de mais, afinal de contas trata-se de um 'Seu' e uma 'Dona' e, a não ser que eles fossem parentes da Susana Vieira, isso é sinônimo de serenidade e monotonia.
Entretanto, seu fulano um dia conheceu uma mulher no local onde ele trabalhava. [o cara não me disse q local era esse, mas tô quase pra ir lá perguntar. eu chuto quitanda...] Disq a mulher era bonita e seu fulano tentou "ganhar a moça". Só que nada. A mulher era difícil e, ao mesmo tempo que dava esperança pra seu fulano, nunca deixou que ele tocasse em um fio de cabelo. Seu fulano, foi, a cada dia, se encantando mais pela tal moça."
A essa hora eu já tinha certeza que essa tal "moça" era um travesti, um dos maiores perigos dos tempos modernos. Por que, né?! Ronaldo que o diga. Só que calma. Disse isso pra ver se acertava, mas o mano mandou eu me "assossegar" que eu ia ouvir o fim da história.
"Sim. Ele tava lá se apaixonando e tal. Até que um dia a tal mulher disse que o que ele queria fazer nunca aconteceria enquanto ele ainda fosse casado."
Ó, por isso é que eu acho que era uma quitanda. Que diabo de local de trabalho é esse que a mulher conversa tanto e com tal frequência? Só pode ser uma quintanda! Os momentos que antecedem o troco são muito propícios.
"Seu Fulano [que provavelmente já num tava muito bem com dona Fulana] decidiu que já era hora de acabar com aquilo. E terminou."
Mano, essa Dona Fulana devia ser uma velha feia e chata do cacete, viu?! Sim, pq uma coisa é terminar um casamento por uma nova mulher. Outra, e totalmente diferente, é terminar um casamento por causa da POSSIBILIDADE de uma nova mulher.
Bom, a partir de agora não vou mais interferir nessa maravilha de narrativa contada pelo mano que concerta o prédio pq as reviravoltas da trama precisam de atenção.
"Seu Fulano, já separado, tava doido pra contar a novidade pra tal mulher. Só que ele não esperava o que estava por vir. Seu fulano descobriu que a mulher era sapatão. Isso mesmo, sapatão! Já não bastasse o fato de a mulher gostar da mesma fruta que seu Fulano, o pobre quitandeiro descobre que a ex-mulher tava de caso com a tal sapata!
O cara ficou puto e matou as duas!"
Fim.
Pera! Lógico que eu perguntei o que aconteceu depois. O mano que trabalha na reforma, meio q já se levantando pra ir levar o balde d'água que tava enchendo enquanto contava tudo disse que o caboco virou veado.
"HAHAHHAHAHAHAHAHAH! Lógico que é mentira isso dai" - eu disse. E foi depois disso que ouvi uma frase que com certeza se eternizará na Literatura Oral Rio Pretense:
"Não acredita? Pode perguntar no interior! Todo mundo conhece a história do veado que perdeu a mulher pra sapatão que ele tava tentando comer!"
Agora sim, FIM!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Beijo nos olhos.
Depois que assisti esse filme e experimentei o 'beijo no olhar', me senti como no filme. Não sei explicar. Me senti apaixonada.. Talvez..! Maybe!
Olhando além.
Não me considero sem sentimento, apesar de algumas pessoas defenderem tese oposta, só sou uma pessoa que prima por objetividade. Esses dias cheguei a uma conclusão: eu não enxergo além.
Se leio algum livro o que prende minha atenção é a narrativa e a forma pela qual o autor consegue desenvolver ideias e reflexões através da escrita. Li "Ensaio sobre a cegueira", por exemplo, e uma das coisas que mais me surepreenderam foi a forma com que Saramago consegue se expressar através das palavras. Na boa, diálogos marcados apenas por vírgulas sem a ajuda de travessões, dois pontos ou coisas do tipo é de uma genialidade inspiradora.
Não sou do tipo que se depara com uma poça d'água na história e corre para o livro de Bachelard tentando entender o que aqueles pingos de água acumulados podem significar. Poça pra mim é água parada e água parada acaba em dengue.
Esses dias fui assistir a uns curtas metragem do pessoal do curso de Rádio e TV. Um dos vídeos, que chegou até a ser premiado em um festval local, retratava a chuva. Só. Era um vídeo sobre chuva que começava com alguns takes do céu nublado e depois várias cenas de chuva, asfalto molhado... 2 minutos disso.
Acabei perguntando, com toda a falta de sentimento de que sou acusada, algo como "É só isso? Chuva?" e ouvi uma resposta que não esperava: "Trata-se de apenas chuva para aqueles que não conseguem ver o que não é mostrado. Resta agora saber se você é um dos que se apegam apenas ao que veem, ou se consegue perceber o implícito".
Se leio algum livro o que prende minha atenção é a narrativa e a forma pela qual o autor consegue desenvolver ideias e reflexões através da escrita. Li "Ensaio sobre a cegueira", por exemplo, e uma das coisas que mais me surepreenderam foi a forma com que Saramago consegue se expressar através das palavras. Na boa, diálogos marcados apenas por vírgulas sem a ajuda de travessões, dois pontos ou coisas do tipo é de uma genialidade inspiradora.
Não sou do tipo que se depara com uma poça d'água na história e corre para o livro de Bachelard tentando entender o que aqueles pingos de água acumulados podem significar. Poça pra mim é água parada e água parada acaba em dengue.
Esses dias fui assistir a uns curtas metragem do pessoal do curso de Rádio e TV. Um dos vídeos, que chegou até a ser premiado em um festval local, retratava a chuva. Só. Era um vídeo sobre chuva que começava com alguns takes do céu nublado e depois várias cenas de chuva, asfalto molhado... 2 minutos disso.
Acabei perguntando, com toda a falta de sentimento de que sou acusada, algo como "É só isso? Chuva?" e ouvi uma resposta que não esperava: "Trata-se de apenas chuva para aqueles que não conseguem ver o que não é mostrado. Resta agora saber se você é um dos que se apegam apenas ao que veem, ou se consegue perceber o implícito".
DEUS tá de prova que eu não entendo o que não me é dito, e não me faço de ingênua não, muito pelo contrário, me faço de Gabriéla e pergunto. Só não quero ser burra e deixar que coisas importantes se vão sem ter a oportunidade de entende-las.
Sim, existem os ignorantes que não sabem explicar. Eu, sem visão de além. Alguns, com uma certa ignorância de além.
Bom, sendo assim,
Olá, meu nome é Gabriéla PACHECO, tenho 18 anos, e só consigo ver o que me é mostrado mesmo. Ah! E como tenho miopia, aquilo que me é mostrado, muitas das vezes, ainda fica meio embassado.
Bom, sendo assim,
Olá, meu nome é Gabriéla PACHECO, tenho 18 anos, e só consigo ver o que me é mostrado mesmo. Ah! E como tenho miopia, aquilo que me é mostrado, muitas das vezes, ainda fica meio embassado.
Novo!
O blog agora tá com esse papel de parede novo. Queria algo mais limpo. Agora, mais limpo que isso só se eu pedir que você tire o sapato antes de acessar.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Sorteio Clarins no Consuma com moderação!
Hoje o sorteio é desse maravilhoso estojo de sombras da Clarins que está rolando no Consuma com Moderação!!
Prêmio:
Sombra Barocco Trio Fards à Paupières da Clarins
Sorteio dia 30/05/11
- Preencher os seus dados no blog Consuma com Moderação clicando AQUI!
Prêmio:
Sombra Barocco Trio Fards à Paupières da Clarins
Sorteio dia 30/05/11
- Preencher os seus dados no blog Consuma com Moderação clicando AQUI!
Sobre o Prêmio:
Cores: Preto, Bronze e Dourado.
No estojo vem o aplicador de sombras.
Com textura Ultra-fina, pode ser usada tanto para o dia como para a noite, super versátil pode ser usada para fazer smokey eyes, ou combinar as cores como quiser, usá-las separadamente, e ainda usar a cor Dourada para iluminar o olhar.
Regrinhas:
- Preencha o formulário apenas uma vez.
- Sorteio no dia 30/05.
Boa sorte meninas!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Inverno bandido!
Em alguns momentos da vida, mais comumente quando começa o inverno, repensamos nossos “descartes” (não o pensador) pelo mundo afora.
É a época em que cai a ficha, finalmente, de que o tal moço incrível que vai te dar segurança, filhos, amor incondicional, cultura geral mas com profundidade e quinze orgasmos por semana pode não existir. Aí você pensa: poxa, mas tinha aquele lá, ele não era tão ruim, era? Acabou por quê?
É o momento repescagem. Todo mundo já repescou ou foi repescado. Basta o cachecol e a bota de cano alto saírem às ruas. O amor meia boca volta a imperar. Homens não tão bons de papo mas com uma boa performance no quentinho do edredom, voltam pro jogo. Outros, mais recatados e sem glamour na pegação, mas inteligentes e perfeitos para um vinhozinho de fim de dia, reaparecem com boas chances de serem valorizados. É o frio, minha gente. Nada além disso.
Os bons de papo e de cama, mesa e banho, então, nossa. Esses recebem propostas de casamento, ganham presentes, massagens e outras coisinhas que mulheres juravam jamais dar. Elas esquecem que eram tipos malucos, inconstantes, mentirosos, traidores, covardes e mais um monte de coisa grave que ganha “desimportância” conforme o frio aumenta. Eram ótimos partidos! Eu que sou muito exigente! O frio diminui as expectativas, as esperanças, os sonhos. O frio só aumenta o desespero.
Se você, caro leitor, é um partido meia boca, saiba que suas chances duplicariam no inverno, mas hoje não. Se você, cara leitora, é uma mulher que odeia se sentir burra, espere o tempo esquentar antes de mandar aquela mensagem de texto de madrugada pro seu ex-ex-ex-ex-ex-namorado. Se você deixou ele ir embora, não é o frio que deve trazê-lo de volta.
Calma que daqui a pouco a voz da razão ou da regata com shortinho vai te mostrar o caminho correto.
É a época em que cai a ficha, finalmente, de que o tal moço incrível que vai te dar segurança, filhos, amor incondicional, cultura geral mas com profundidade e quinze orgasmos por semana pode não existir. Aí você pensa: poxa, mas tinha aquele lá, ele não era tão ruim, era? Acabou por quê?
É o momento repescagem. Todo mundo já repescou ou foi repescado. Basta o cachecol e a bota de cano alto saírem às ruas. O amor meia boca volta a imperar. Homens não tão bons de papo mas com uma boa performance no quentinho do edredom, voltam pro jogo. Outros, mais recatados e sem glamour na pegação, mas inteligentes e perfeitos para um vinhozinho de fim de dia, reaparecem com boas chances de serem valorizados. É o frio, minha gente. Nada além disso.
Os bons de papo e de cama, mesa e banho, então, nossa. Esses recebem propostas de casamento, ganham presentes, massagens e outras coisinhas que mulheres juravam jamais dar. Elas esquecem que eram tipos malucos, inconstantes, mentirosos, traidores, covardes e mais um monte de coisa grave que ganha “desimportância” conforme o frio aumenta. Eram ótimos partidos! Eu que sou muito exigente! O frio diminui as expectativas, as esperanças, os sonhos. O frio só aumenta o desespero.
Se você, caro leitor, é um partido meia boca, saiba que suas chances duplicariam no inverno, mas hoje não. Se você, cara leitora, é uma mulher que odeia se sentir burra, espere o tempo esquentar antes de mandar aquela mensagem de texto de madrugada pro seu ex-ex-ex-ex-ex-namorado. Se você deixou ele ir embora, não é o frio que deve trazê-lo de volta.
Calma que daqui a pouco a voz da razão ou da regata com shortinho vai te mostrar o caminho correto.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
Preciso muito que alguma coisa muito muito boa aconteça na minha vida… Acho que tenho medo de não conseguir deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades pela metade, de viver de ilusão ! Eu preciso muito muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília ! Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração ! Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo.
Acorde, garota.
Você é linda, inteligente, tem um ótimo perfume, e seus olhos brilham mais que um punhado de purpurina.
Por que choras? Perdeu em alguma esquina seu encanto?!
Ninguém pode tirar de você seu mais belo sorriso, motivo de idas e vindas saltitantes.
Coloque sua música favorita pra tocar, respire fundo e faça o que de melhor sabe fazer: Ser você!
Você é linda, inteligente, tem um ótimo perfume, e seus olhos brilham mais que um punhado de purpurina.
Por que choras? Perdeu em alguma esquina seu encanto?!
Ninguém pode tirar de você seu mais belo sorriso, motivo de idas e vindas saltitantes.
Coloque sua música favorita pra tocar, respire fundo e faça o que de melhor sabe fazer: Ser você!
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Era isso que eu queria dizer.
Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura. Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”. Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você fala comigo, que seja poucas as vezes. Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Poupe-me do trabalho de adivinhar seus pensamentos. Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado. Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Ligue-me quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim.
domingo, 1 de maio de 2011
Leia sim.
Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade, não conseguirei dizer mais nada, não tenho culpa, estou apenas sentindo sem controle, não me entenda mal, não me entenda bem, é só essa vontade quase simples de estender o braço pra tocar você, faz tempo demais que estamos aqui parados conversando nessa janela, já dissemos tudo o que pode ser dito entre duas pessoas que estão tentando se conhecer, tenho a sensação, impressão, ilusão de que nos compreendemos, agora só preciso estender o braço e com a ponta dos meus dedos tocar você, natural que seja assim: O toque, depois da compreensão que conseguimos, e agora.
Não diz nada, você não diz nada. Apenas olha pra mim, sorri. Quanto tempo dura? Faz pouco despencou uma estrela e fizemos, ao mesmo tempo e em silêncio, um pedido, dois pedidos. Pedi pra saber tocá-lo. Você não me conta seus desejos. Sorri com os olhos, com a mesma boca que mais tarde, um dia, depois daqui, poderá dizer: Não. Há uma espécie de heroísmo então quando estendo o braço, alongo as mãos, abro os dedos e brota. Toco. Perto da minha boca se entreabre lenta, úmida, cigarro, chiclete, conhaque, vermelho, os dentes se chocam, leve ruído, as línguas se misturam. Naufrago em tua boca, esqueço, mastigo tua saliva, afundo. Escuridão e umidade, calor rijo do teu corpo contra a minha coxa, calor rijo do meu corpo contra a tua coxa. Amanhã não sei, não sabemos.
Pensei em você. Eram exatamente três da tarde quando pensei em você. Sei porque perdi a cabeça como se você fosse uma tontura dentro dela e olhei o digital no meio da avenida.
Corre, corre. O número do telefone dissolvendo-se em tinta na palma da mão suada. Ah, no fim destes dias crispados de início de primavera, entre os engarrafamentos de trânsito, as pessoa enlouquecidas e a paranóia à solta pela cidade, no fim desses dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa, e passa a mão na minha cara marcada, no que resta de cabelos na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu olho. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta, e você me leva para Creta Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem. O telefone toca três vezes. Isto é uma gravação deixe seu nome e telefone depois do bip que eu ligo assim que puder, ok?
O cheiro do teu corpo persiste no meu durante dias. Não tomo banho. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo na tua boca. Abismos marinhos, sargaços. Minhas mãos escorrem pelo teu peito, gramados batidos de Sol, poços claros. Alguma coisa então pára, as coisas param. Os automóveis nas ruas, os relógios nas paredes, as pessoas nas casas, as estrelas que não conseguimos ver aqui no fundo da cidade escura. Olho no poço do teu olho escuro, meia noite em ponto. Quero fazer um feitiço pra que nada mais volte a andar. Quero ficar assim, no parado. Sei com medo que o que trouxe você aqui foi esse me jeito de ir vivendo como quem pula poças de lama, sem cair nelas, mas sei que agora esse jeito se despedaça. Torre fulminada, o inabalável vacila quando começa a brotar de mim isso que não esta completo sem o outro. Você assopra na minha testa. Sou só poeira, me espalho em grãs invisíveis pelos quatro cantos do quarto.
Fico tosca e você se assusta com minha boca faminta voraz desdentada de mendigo pedindo esmola neste cruzamento aonde viemos dar.
A cidade está louca, você sabe. A cidade está doente, você sabe. A cidade está podre, você sabe. Como gostar limpo de você no meio desse doente podre louco? Urbanóides cortam sempre meu caminho à procura de cigarros, fósforos, sexo, dinheiro, palavras e necessidades obscuras, que não chego a decifrar em seus olhos semafóricos. Tenho pressa, não podemos perder tempo. Como chamar agora a essa meia dúzia de toques aterrorizados pela possibilidade da peste? (Amor, amor certamente não). Como evitaremos que nosso encontro se decomponha, corrompa e apodreça junto com o louco, o doente, o podre? Não evitaremos. Pois a cidade está podre, você sabe. Mas a cidade esta louca, você sabe. Sim a cidade está doente, você sabe.
Não temos onde ir, nunca tivemos aonde ir. Um nojo, vez em quando me dá asco - nojo é culpa, nojo é moral - você se sente sórdido, baby? - eu tenho medo, eu não quero correr risco - não é mais possível - vamos parar por aqui - quero acordar cedo, fazer cooper no parque, parar de beber, parar de fumar, parar de sentir - estou muito cansado - não faz assim, não diz assim - é muito pouco - não vai dar certo - anormal, eu tenho medo - medo é culpa, medo é moral - não vê que é isso que eles querem que você sinta? Medo, culpa, vergonha - eu aceito, eu me contento com pouco - eu não aceito nada nem me contento com pouco - eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo!
Eu quero risco, não digo. Nem que seja a morte.
Dois mil anos de lama, meu amigo. Tantos lixos atapetando as ruas que suportam nossos passos que nunca tiveram aonde ir.
Chega em mim sem medo, toca meu ombro, olha nos meus olhos, como nas canções do rádio. Depois me diz: "-Vamos embora para um lugar limpo. Deixe tudo como esta. Feche as portas, não pague as contas e nem conte a ninguém. Nada mais importa. Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa. O resto? Ah, os restos são restos. E não importam. Mas seus livros, seus discos, quero perguntar, seus versos de rima rica? Mas meus livros, meus discos, meus versos de rima pobre? Não importa, não importa. Largo tudo. Venha comigo pra qualquer outro lugar. Triunfo, Tenerife, Paramaribo, Yokohama. Agora já. Peço e peço e não digo nada, mas peço peço diga, diga já, diga agora, diga assim. Você planeja partir para um país distante, sem mim, de onde muitos anos depois receberei a carta de um desconhecido com nome impronunciável anunciando a sua morte. Foi em Abril, dirá abril e maio. Ou Setembro, Outubro. Os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo, numa cidade remota.
Pelas escadarias da avenida deserta, lata de coca-cola largada na porta da igreja, aqui parece que o tempo não passou, quero te mostrar um vitral, esta sacada, aquele balcão como os de Lorca, entremeado de rosas, quero dividir meu olhar, desaprendi de ver sozinho e agora que tudo perdeu a magia, se magia houve, e havia, e não consigo mais ver nenhum anjo em você, pastor, mago, cigano, herói intergaláctico, argonauta, repercante, mas vejo cabelos cabelos claros e ralos, rosto quase quadrado, quase largo, mas cumprido, simétrico, quase pálido, olhos perdidos, boca de naufrágio vermelho pesado sobre o escuro da barba malfeita, olho tudo isso que vejo e não tem outra magia além dessa, a de ser real, e vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você de você muito de você.
Tantas mortes, não existem mais dedos nas mãos e nos pés pra contar os que se foram. Viver agora, tarefa dura. De cada dia arrancar das coisas, com as unhas, uma modesta alegria; em cada noite descobrir um motivo razoável para acordar amanhã. Mas o poço não tem fundo, persiste sempre por trás, as cobras no fundo enleadas na lança. Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim, há muito tempo estava acostumado a apenas consumir pessoas como se consome cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe, mas foi só mais um engano? E quantos mais ainda restam na palma da minha mão?
Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com esta fome na boca, beber um copo de leite, molhar plantas, jogar fora jornais, tirar o pó de livros, arrumar discos, olhar paredes, ligar desligar a TV, ouvir Mozart e Beethoven para não gritar e procurar teu cheiro outra vez no mais escondido do meu corpo, acender velas, saliva tua de alguns meses guardada na minha boca, trocar lençóis, fazer a cama, agora está feito e foda-se, nada vale a pena, puxar cobertas, cobrir a cabeça, tudo vale a pena se a alma, você sabe, mas a alma existe mesmo? E quem garante? E quem se importa? Apagar a luz e mergulhar de olhos fechados no quente fundo da curva do teu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro do teu corpo de moço homem apertado contra meu corpo de moça mulher também, apalpar as virilhas, o pescoço, sem entender, sem conseguir chorar, abandonada, apavorada, mastigando maldições, dúbios indícios, sinistros augúrios, e amanhã não desisto. Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro
Não temos culpa. Tentei. Tentamos. Eu tento.
Não diz nada, você não diz nada. Apenas olha pra mim, sorri. Quanto tempo dura? Faz pouco despencou uma estrela e fizemos, ao mesmo tempo e em silêncio, um pedido, dois pedidos. Pedi pra saber tocá-lo. Você não me conta seus desejos. Sorri com os olhos, com a mesma boca que mais tarde, um dia, depois daqui, poderá dizer: Não. Há uma espécie de heroísmo então quando estendo o braço, alongo as mãos, abro os dedos e brota. Toco. Perto da minha boca se entreabre lenta, úmida, cigarro, chiclete, conhaque, vermelho, os dentes se chocam, leve ruído, as línguas se misturam. Naufrago em tua boca, esqueço, mastigo tua saliva, afundo. Escuridão e umidade, calor rijo do teu corpo contra a minha coxa, calor rijo do meu corpo contra a tua coxa. Amanhã não sei, não sabemos.
Pensei em você. Eram exatamente três da tarde quando pensei em você. Sei porque perdi a cabeça como se você fosse uma tontura dentro dela e olhei o digital no meio da avenida.
Corre, corre. O número do telefone dissolvendo-se em tinta na palma da mão suada. Ah, no fim destes dias crispados de início de primavera, entre os engarrafamentos de trânsito, as pessoa enlouquecidas e a paranóia à solta pela cidade, no fim desses dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa, e passa a mão na minha cara marcada, no que resta de cabelos na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu olho. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta, e você me leva para Creta Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem. O telefone toca três vezes. Isto é uma gravação deixe seu nome e telefone depois do bip que eu ligo assim que puder, ok?
O cheiro do teu corpo persiste no meu durante dias. Não tomo banho. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo na tua boca. Abismos marinhos, sargaços. Minhas mãos escorrem pelo teu peito, gramados batidos de Sol, poços claros. Alguma coisa então pára, as coisas param. Os automóveis nas ruas, os relógios nas paredes, as pessoas nas casas, as estrelas que não conseguimos ver aqui no fundo da cidade escura. Olho no poço do teu olho escuro, meia noite em ponto. Quero fazer um feitiço pra que nada mais volte a andar. Quero ficar assim, no parado. Sei com medo que o que trouxe você aqui foi esse me jeito de ir vivendo como quem pula poças de lama, sem cair nelas, mas sei que agora esse jeito se despedaça. Torre fulminada, o inabalável vacila quando começa a brotar de mim isso que não esta completo sem o outro. Você assopra na minha testa. Sou só poeira, me espalho em grãs invisíveis pelos quatro cantos do quarto.
Fico tosca e você se assusta com minha boca faminta voraz desdentada de mendigo pedindo esmola neste cruzamento aonde viemos dar.
A cidade está louca, você sabe. A cidade está doente, você sabe. A cidade está podre, você sabe. Como gostar limpo de você no meio desse doente podre louco? Urbanóides cortam sempre meu caminho à procura de cigarros, fósforos, sexo, dinheiro, palavras e necessidades obscuras, que não chego a decifrar em seus olhos semafóricos. Tenho pressa, não podemos perder tempo. Como chamar agora a essa meia dúzia de toques aterrorizados pela possibilidade da peste? (Amor, amor certamente não). Como evitaremos que nosso encontro se decomponha, corrompa e apodreça junto com o louco, o doente, o podre? Não evitaremos. Pois a cidade está podre, você sabe. Mas a cidade esta louca, você sabe. Sim a cidade está doente, você sabe.
Não temos onde ir, nunca tivemos aonde ir. Um nojo, vez em quando me dá asco - nojo é culpa, nojo é moral - você se sente sórdido, baby? - eu tenho medo, eu não quero correr risco - não é mais possível - vamos parar por aqui - quero acordar cedo, fazer cooper no parque, parar de beber, parar de fumar, parar de sentir - estou muito cansado - não faz assim, não diz assim - é muito pouco - não vai dar certo - anormal, eu tenho medo - medo é culpa, medo é moral - não vê que é isso que eles querem que você sinta? Medo, culpa, vergonha - eu aceito, eu me contento com pouco - eu não aceito nada nem me contento com pouco - eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo!
Eu quero risco, não digo. Nem que seja a morte.
Dois mil anos de lama, meu amigo. Tantos lixos atapetando as ruas que suportam nossos passos que nunca tiveram aonde ir.
Chega em mim sem medo, toca meu ombro, olha nos meus olhos, como nas canções do rádio. Depois me diz: "-Vamos embora para um lugar limpo. Deixe tudo como esta. Feche as portas, não pague as contas e nem conte a ninguém. Nada mais importa. Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa. O resto? Ah, os restos são restos. E não importam. Mas seus livros, seus discos, quero perguntar, seus versos de rima rica? Mas meus livros, meus discos, meus versos de rima pobre? Não importa, não importa. Largo tudo. Venha comigo pra qualquer outro lugar. Triunfo, Tenerife, Paramaribo, Yokohama. Agora já. Peço e peço e não digo nada, mas peço peço diga, diga já, diga agora, diga assim. Você planeja partir para um país distante, sem mim, de onde muitos anos depois receberei a carta de um desconhecido com nome impronunciável anunciando a sua morte. Foi em Abril, dirá abril e maio. Ou Setembro, Outubro. Os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo, numa cidade remota.
Pelas escadarias da avenida deserta, lata de coca-cola largada na porta da igreja, aqui parece que o tempo não passou, quero te mostrar um vitral, esta sacada, aquele balcão como os de Lorca, entremeado de rosas, quero dividir meu olhar, desaprendi de ver sozinho e agora que tudo perdeu a magia, se magia houve, e havia, e não consigo mais ver nenhum anjo em você, pastor, mago, cigano, herói intergaláctico, argonauta, repercante, mas vejo cabelos cabelos claros e ralos, rosto quase quadrado, quase largo, mas cumprido, simétrico, quase pálido, olhos perdidos, boca de naufrágio vermelho pesado sobre o escuro da barba malfeita, olho tudo isso que vejo e não tem outra magia além dessa, a de ser real, e vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você de você muito de você.
Tantas mortes, não existem mais dedos nas mãos e nos pés pra contar os que se foram. Viver agora, tarefa dura. De cada dia arrancar das coisas, com as unhas, uma modesta alegria; em cada noite descobrir um motivo razoável para acordar amanhã. Mas o poço não tem fundo, persiste sempre por trás, as cobras no fundo enleadas na lança. Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim, há muito tempo estava acostumado a apenas consumir pessoas como se consome cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe, mas foi só mais um engano? E quantos mais ainda restam na palma da minha mão?
Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com esta fome na boca, beber um copo de leite, molhar plantas, jogar fora jornais, tirar o pó de livros, arrumar discos, olhar paredes, ligar desligar a TV, ouvir Mozart e Beethoven para não gritar e procurar teu cheiro outra vez no mais escondido do meu corpo, acender velas, saliva tua de alguns meses guardada na minha boca, trocar lençóis, fazer a cama, agora está feito e foda-se, nada vale a pena, puxar cobertas, cobrir a cabeça, tudo vale a pena se a alma, você sabe, mas a alma existe mesmo? E quem garante? E quem se importa? Apagar a luz e mergulhar de olhos fechados no quente fundo da curva do teu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro do teu corpo de moço homem apertado contra meu corpo de moça mulher também, apalpar as virilhas, o pescoço, sem entender, sem conseguir chorar, abandonada, apavorada, mastigando maldições, dúbios indícios, sinistros augúrios, e amanhã não desisto. Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro
Não temos culpa. Tentei. Tentamos. Eu tento.
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