segunda-feira, 15 de agosto de 2011
and it was all "yellow"
Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha cura ou me leve até ela.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Partir é bom, voltar é melhor. Partir é de avião, mesmo não sendo. Você louco pra ver pelas costas o que fica: mulher, amigo, trabalho, cidade, picuinha cotidiana. Voltar é de trem, mesmo não sendo também. E você louco pra ver crescer devagar, na curva do monte, a cara desse pão nosso de cada dia. Pela frente. Voltar é de frente, partir de costas. Ficar eu não sei. Talvez de perfil, assim um tanto egípcio?
(Crônica: À nossa mais completa tradução- OESP – Caderno 2 – Domingo, 22 de agosto de 1993- CaioF)
(Crônica: À nossa mais completa tradução- OESP – Caderno 2 – Domingo, 22 de agosto de 1993- CaioF)
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